sexta-feira, 16 de novembro de 2012

         POLUIÇÃO SONORA DOS AVIÕES INVADE AS ÁREAS PRESERVADAS. AERONÁUTICA NEGA APESAR DE FOTOS E VÍDEOS...


        Em Brasília, além do transporte terrestre estar em um caos crescente, o transporte aéreo também ameaça acabar com a qualidade de vida da antiga "Brasília, Cidade Jardim". Em 2005, começou a funcionar a nova pista do Aeroporto Internacional de Brasília, que levou quase 10 anos entre obras e paralisações judiciais.
         Desmataram mais de 100 mil m2 de cerrado, tudo em nome do progresso...Os moradores das áreas vizinhas tiveram uma óbvia queda da qualidade de vida, com o ruído das turbinas durante o dia inteiro.
         Agora, de 2010 em diante, a poluição sonora se espalhou por várias áreas afastadas do próprio aeroporto, pois as rotas de aproximação e decolagem foram alteradas. Por uma decisão de um burocrata alheio à qualidade de vida dos habitantes de Brasília e sem consultar a população, para saber se ela concordava com isso, as rotas de aproximação foram concentradas sobre a região do Jardim Botânico e do Lago Sul.
       Surpreendentemente, o Comando Militar das Aeronáutica nega que os aviões passem por aquela rota em baixa altitude, em manobra de pouso, como pode ser visto na cópia da resposta do brigadeiro Maurício Ribeiro Gonçalves, comandante do Cindacta 1.

Em vermelho sublinhamos a parte do texto que nega a possibilidade de escuta de qualquer ruído das aeronaves, já que estariam em grande altitude ou seriam apenas ruídos das aeronaves no aeroporto, que estariam muito afastadas, por estarem "em direção oposta"...


E as assinaturas dos dois assessores jurídicos do Cindacta e do brigadeiro comandante. Será que ele  tinha noção do que seus assessores afirmavam?

   

              O que podemos fazer é apenas mostrar agora, em primeira mão, algumas fotas tiradas hoje (17/nov/2012), com uma máquina sem grandes recursos, em que se pode ver claramente um jato de passageiros de duas turbinas (um Airbus A-320 da TAM), já com os trens de pouso baixados, luzes acesas, em procedimento de aproximação para pouso...
              O avião seguinte (um Boeing 767), passou a menos de 2 minutos de distância, o que nos leva a crer que há um perigoso excesso de aviões em fila no aeroporto de Brasília. Esse excesso de vôos e já foi inclusive denunciado pela greve dos controladores de vôo em 2007.
              O  pouso do Airbus da foto , que pelo assessor técnico do Cindacta - é imaginário -  ocorre ao ritmo de 1 avião a cada 3 minutos pelas manhãs. Isso sem falar dos aviões que pousam às 04 horas da madrugada, desrespeitando até a lei do silêncio.

Airbus A-320 em manobra de pouso, com os trens de pouso baixados, luzes acesas e flaps baixados. Tudo isso é imaginário ou não existe, de acordo com o relatório do assessor técnico do Cindacta, que nega os aviões estarem usando a região do Jardim Botânico e Setor Dom Bosco do Lago Sul como rota de aproximação...

        
Na próxima postagem colocaremos um vídeo com uma sequência de matinal de aviões "inexistentes", fazendo aproximações de pouso "inexistentes" e emitindo poluição sonora "inexistente". Um grande abraço a todos!